Lobos terríveis recriados? Conheça os animais geneticamente modificados pela Colossal Biosciences

Lobos terríveis recriados? Conheça os animais geneticamente modificados pela Colossal Biosciences

Lobos terríveis recriados? Conheça os animais geneticamente modificados pela Colossal Biosciences

Apr 11, 2025

Apr 11, 2025

Apr 11, 2025

Filhote do lobo terrível moderno. Crédito: Colossal Laboratories & Biosciences.

Filhote do lobo terrível moderno. Crédito: Colossal Laboratories & Biosciences.

Filhote do lobo terrível moderno. Crédito: Colossal Laboratories & Biosciences.

A Colossal Biosciences apresentou lobos modificados que recordam os extintos lobos terríveis. Compreenda por que motivo a comunidade científica ainda debate se estes animais podem ser considerados um “renascimento” da espécie.

A Colossal Biosciences apresentou lobos modificados que recordam os extintos lobos terríveis. Compreenda por que motivo a comunidade científica ainda debate se estes animais podem ser considerados um “renascimento” da espécie.

A Colossal Biosciences apresentou lobos modificados que recordam os extintos lobos terríveis. Compreenda por que motivo a comunidade científica ainda debate se estes animais podem ser considerados um “renascimento” da espécie.

Em 7 de abril de 2025, a Colossal Biosciences anunciou o nascimento de três filhotes denominados Romulus, Remus e Khaleesi. Foram apresentados como os primeiros “lobos terríveis” vivos em mais de 10 mil anos. Mas a questão central permanece: serão de facto lobos terríveis?

Segundo a empresa, os animais foram desenvolvidos através de engenharia genética com o objetivo de recuperar traços fenotípicos da espécie extinta. Porém, a comunidade científica continua a discutir a validade desta alegação.

A engenharia genética por trás dos novos filhotes

A criação começou com a análise de dois fósseis de lobo terrível: um dente com cerca de 13 mil anos e um osso do ouvido datado de aproximadamente 72 mil anos. A partir destes materiais, os investigadores extraíram fragmentos de ADN, que foram comparados com o genoma de lobos cinzentos modernos.

Esta comparação permitiu identificar cerca de 20 genes relacionados com características como a cor da pelagem (incluindo o gene CORIN), o tamanho corporal e o formato do crânio. Após a edição genética, os núcleos celulares modificados foram inseridos em óvulos de cadela, que geraram os filhotes por cesariana. Atualmente, Romulus, Remus e Khaleesi têm cinco meses.

São mesmo lobos terríveis?

A resposta divide os especialistas. A paleoecóloga Jacquelyn Gill defende que, sem um genoma completo da espécie extinta, não é possível assegurar que estes filhotes sejam verdadeiros lobos terríveis. Para ela, tratam-se de lobos cinzentos com traços inspirados em registos fósseis.

Por outro lado, Beth Shapiro, directora científica da Colossal, argumenta que o foco do projecto não é clonar um animal extinto, mas antes restaurar as suas principais características. Uma nova pré-publicação científica parece apoiar esta abordagem, sugerindo que a diferença genética entre lobos terríveis e lobos cinzentos pode ser menor do que se acreditava.

Questões éticas e preocupações ambientais

Apesar do avanço tecnológico, o experimento levanta várias preocupações. Especialistas alertam para o risco de desinformação, já que o público pode acreditar que a espécie foi literalmente ressuscitada. Além disso, os impactos ambientais da introdução destes animais ainda são desconhecidos, bem como as implicações para o bem-estar dos filhotes, que vivem isolados sem interação com um grupo natural.

Para alguns críticos, este cenário remete mais para a ficção científica de Jurassic Park do que para um projecto de conservação realista.

Conservação do lobo-vermelho: uma aplicação mais urgente

Em paralelo, a Colossal trabalha na clonagem de lobos com ADN ancestral do lobo-vermelho, espécie criticamente ameaçada nos Estados Unidos, com menos de 20 indivíduos na natureza. Estes “lobos fantasmas vermelhos” visam diversificar geneticamente a população remanescente.

Para cientistas como Heather Jay Huson, este tipo de intervenção é mais justificável e prioritário do que projectos destinados à recriação de espécies extintas.

Onde estão os filhotes atualmente?

Romulus, Remus e Khaleesi vivem numa reserva protegida de 800 hectares, sob os cuidados de uma equipa de 10 profissionais. A localização exacta não foi divulgada por motivos de segurança. Até ao momento, não há planos para exibição pública ou reprodução dos filhotes.

O investigador Adam Hartstone-Rose planeia estudar futuramente os seus ossos e comportamentos, mas expressa preocupação com o isolamento dos animais face a um contexto social mais naturalizado.

Quer conhecer todos os detalhes científicos e éticos sobre esta recriação? Consulte o artigo original completo em inglês.


Em 7 de abril de 2025, a Colossal Biosciences anunciou o nascimento de três filhotes denominados Romulus, Remus e Khaleesi. Foram apresentados como os primeiros “lobos terríveis” vivos em mais de 10 mil anos. Mas a questão central permanece: serão de facto lobos terríveis?

Segundo a empresa, os animais foram desenvolvidos através de engenharia genética com o objetivo de recuperar traços fenotípicos da espécie extinta. Porém, a comunidade científica continua a discutir a validade desta alegação.

A engenharia genética por trás dos novos filhotes

A criação começou com a análise de dois fósseis de lobo terrível: um dente com cerca de 13 mil anos e um osso do ouvido datado de aproximadamente 72 mil anos. A partir destes materiais, os investigadores extraíram fragmentos de ADN, que foram comparados com o genoma de lobos cinzentos modernos.

Esta comparação permitiu identificar cerca de 20 genes relacionados com características como a cor da pelagem (incluindo o gene CORIN), o tamanho corporal e o formato do crânio. Após a edição genética, os núcleos celulares modificados foram inseridos em óvulos de cadela, que geraram os filhotes por cesariana. Atualmente, Romulus, Remus e Khaleesi têm cinco meses.

São mesmo lobos terríveis?

A resposta divide os especialistas. A paleoecóloga Jacquelyn Gill defende que, sem um genoma completo da espécie extinta, não é possível assegurar que estes filhotes sejam verdadeiros lobos terríveis. Para ela, tratam-se de lobos cinzentos com traços inspirados em registos fósseis.

Por outro lado, Beth Shapiro, directora científica da Colossal, argumenta que o foco do projecto não é clonar um animal extinto, mas antes restaurar as suas principais características. Uma nova pré-publicação científica parece apoiar esta abordagem, sugerindo que a diferença genética entre lobos terríveis e lobos cinzentos pode ser menor do que se acreditava.

Questões éticas e preocupações ambientais

Apesar do avanço tecnológico, o experimento levanta várias preocupações. Especialistas alertam para o risco de desinformação, já que o público pode acreditar que a espécie foi literalmente ressuscitada. Além disso, os impactos ambientais da introdução destes animais ainda são desconhecidos, bem como as implicações para o bem-estar dos filhotes, que vivem isolados sem interação com um grupo natural.

Para alguns críticos, este cenário remete mais para a ficção científica de Jurassic Park do que para um projecto de conservação realista.

Conservação do lobo-vermelho: uma aplicação mais urgente

Em paralelo, a Colossal trabalha na clonagem de lobos com ADN ancestral do lobo-vermelho, espécie criticamente ameaçada nos Estados Unidos, com menos de 20 indivíduos na natureza. Estes “lobos fantasmas vermelhos” visam diversificar geneticamente a população remanescente.

Para cientistas como Heather Jay Huson, este tipo de intervenção é mais justificável e prioritário do que projectos destinados à recriação de espécies extintas.

Onde estão os filhotes atualmente?

Romulus, Remus e Khaleesi vivem numa reserva protegida de 800 hectares, sob os cuidados de uma equipa de 10 profissionais. A localização exacta não foi divulgada por motivos de segurança. Até ao momento, não há planos para exibição pública ou reprodução dos filhotes.

O investigador Adam Hartstone-Rose planeia estudar futuramente os seus ossos e comportamentos, mas expressa preocupação com o isolamento dos animais face a um contexto social mais naturalizado.

Quer conhecer todos os detalhes científicos e éticos sobre esta recriação? Consulte o artigo original completo em inglês.


Em 7 de abril de 2025, a Colossal Biosciences anunciou o nascimento de três filhotes denominados Romulus, Remus e Khaleesi. Foram apresentados como os primeiros “lobos terríveis” vivos em mais de 10 mil anos. Mas a questão central permanece: serão de facto lobos terríveis?

Segundo a empresa, os animais foram desenvolvidos através de engenharia genética com o objetivo de recuperar traços fenotípicos da espécie extinta. Porém, a comunidade científica continua a discutir a validade desta alegação.

A engenharia genética por trás dos novos filhotes

A criação começou com a análise de dois fósseis de lobo terrível: um dente com cerca de 13 mil anos e um osso do ouvido datado de aproximadamente 72 mil anos. A partir destes materiais, os investigadores extraíram fragmentos de ADN, que foram comparados com o genoma de lobos cinzentos modernos.

Esta comparação permitiu identificar cerca de 20 genes relacionados com características como a cor da pelagem (incluindo o gene CORIN), o tamanho corporal e o formato do crânio. Após a edição genética, os núcleos celulares modificados foram inseridos em óvulos de cadela, que geraram os filhotes por cesariana. Atualmente, Romulus, Remus e Khaleesi têm cinco meses.

São mesmo lobos terríveis?

A resposta divide os especialistas. A paleoecóloga Jacquelyn Gill defende que, sem um genoma completo da espécie extinta, não é possível assegurar que estes filhotes sejam verdadeiros lobos terríveis. Para ela, tratam-se de lobos cinzentos com traços inspirados em registos fósseis.

Por outro lado, Beth Shapiro, directora científica da Colossal, argumenta que o foco do projecto não é clonar um animal extinto, mas antes restaurar as suas principais características. Uma nova pré-publicação científica parece apoiar esta abordagem, sugerindo que a diferença genética entre lobos terríveis e lobos cinzentos pode ser menor do que se acreditava.

Questões éticas e preocupações ambientais

Apesar do avanço tecnológico, o experimento levanta várias preocupações. Especialistas alertam para o risco de desinformação, já que o público pode acreditar que a espécie foi literalmente ressuscitada. Além disso, os impactos ambientais da introdução destes animais ainda são desconhecidos, bem como as implicações para o bem-estar dos filhotes, que vivem isolados sem interação com um grupo natural.

Para alguns críticos, este cenário remete mais para a ficção científica de Jurassic Park do que para um projecto de conservação realista.

Conservação do lobo-vermelho: uma aplicação mais urgente

Em paralelo, a Colossal trabalha na clonagem de lobos com ADN ancestral do lobo-vermelho, espécie criticamente ameaçada nos Estados Unidos, com menos de 20 indivíduos na natureza. Estes “lobos fantasmas vermelhos” visam diversificar geneticamente a população remanescente.

Para cientistas como Heather Jay Huson, este tipo de intervenção é mais justificável e prioritário do que projectos destinados à recriação de espécies extintas.

Onde estão os filhotes atualmente?

Romulus, Remus e Khaleesi vivem numa reserva protegida de 800 hectares, sob os cuidados de uma equipa de 10 profissionais. A localização exacta não foi divulgada por motivos de segurança. Até ao momento, não há planos para exibição pública ou reprodução dos filhotes.

O investigador Adam Hartstone-Rose planeia estudar futuramente os seus ossos e comportamentos, mas expressa preocupação com o isolamento dos animais face a um contexto social mais naturalizado.

Quer conhecer todos os detalhes científicos e éticos sobre esta recriação? Consulte o artigo original completo em inglês.


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