Três semanas após uma série de sismos atingir a região central de Mianmar, o cenário mantém-se crítico. Estima-se que pelo menos 3 700 pessoas perderam a vida, enquanto mais de 4 milhões enfrentam necessidades urgentes, como abrigo, água potável e cuidados médicos.

As consequências não se reduzem às perdas humanas. A infraestrutura foi severamente afetada: hospitais, estradas, culturas agrícolas e sistemas de abastecimento foram destruídos. Isto agrava ainda mais a situação de um país que já enfrentava conflitos armados e pobreza extrema antes dos tremores.

Mulheres, crianças e famílias deslocadas: as mais vulneráveis

A crise humanitária tem impacto particularmente severo sobre mulheres, crianças e famílias forçadas a abandonar as suas casas. Sem acesso a abrigo seguro ou saneamento básico, estas pessoas enfrentam riscos acrescidos de violência baseada em género, desnutrição e doenças infeciosas.

Muitas vivem em acampamentos improvisados ou ao relento, expostas a condições insalubres e a traumas físicos e emocionais contínuos.

Esforços humanitários em curso, mas insuficientes

Organizações internacionais e voluntários locais trabalham intensamente para prestar assistência. Até ao momento, cerca de 240 000 pessoas receberam alimentos, medicamentos e artigos de primeira necessidade — menos de 10 % da população afetada.

A ONU tem alertado para a necessidade urgente de maior apoio financeiro e logístico. Sem reforços imediatos, Mianmar poderá mergulhar numa crise ainda mais profunda e prolongada.

É tempo de agir

A situação em Mianmar expõe, mais uma vez, a vulnerabilidade das comunidades face a desastres naturais — e a urgência de uma resposta coordenada e solidária. Doações, iniciativas governamentais e acções de voluntariado são fundamentais para garantir que milhões de pessoas tenham uma hipótese real de sobrevivência e reconstrução.

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Para acompanhar a evolução da situação e saber como contribuir, consulte o artigo original da ONU.